Um estudo publicado na revista The Lancet Infectious Diseases revelou que a vacina Imvanex, também conhecida como Jynneos, apresenta 84% de eficácia na prevenção da mpox com uma única dose. No entanto, para pessoas com HIV, a proteção fornecida por essa dose foi considerada insuficiente, levando os pesquisadores a recomendar a administração de uma segunda dose para garantir uma maior eficácia.
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A pesquisa, conduzida por cientistas do hospital universitário Universitätsmedizin Berlin, na Alemanha, entre julho de 2022 e dezembro de 2023, envolveu aproximadamente 9,3 mil participantes, incluindo homens e pessoas trans que se relacionam com outros homens ou pessoas trans. Metade dos participantes recebeu uma dose da vacina, enquanto a outra metade não foi imunizada. Após dois meses de monitoramento, a vacina demonstrou 84% de eficácia, com a proteção sendo mais significativa entre os participantes sem HIV.
O estudo destacou que, em pessoas com HIV, a resposta imunológica foi reduzida devido à menor atividade das células T, que são essenciais para a defesa do corpo. Como resultado, essas pessoas apresentaram uma resposta menos eficaz à vacina. Os pesquisadores enfatizaram que a administração da segunda dose pode aumentar significativamente a proteção.
Além disso, os resultados indicaram que indivíduos vacinados que contraíram a mpox apresentaram sintomas mais leves, como menor número de lesões cutâneas, cicatrização mais rápida e menos sintomas sistêmicos, como febre. A vacinação completa foi associada a uma redução ainda maior dos sintomas e da transmissão do vírus.
A segurança da vacina foi avaliada em mais de 6,5 mil voluntários, com menos de 3% relatando efeitos colaterais graves, como febre, dor muscular e náusea. A vacina foi considerada segura e bem tolerada.
Imvanex, originalmente desenvolvida para a varíola, tem sido usada no combate à mpox desde o surto global de 2022. Fabricada pela empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, a vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de quatro semanas. No Brasil, a vacina foi aprovada pela Anvisa e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos prioritários, incluindo pessoas com HIV.
Com informações do Bahia.Ba.