A Universidade Federal da Bahia (Ufba) enfrenta uma crise orçamentária que levou à implementação de uma série de medidas para contenção de despesas, como economia de água, limitação no uso de ar-condicionado e suspensão de ligações pelo celular. As ações foram adotadas após o orçamento da universidade não acompanhar o aumento das despesas, mas geraram repúdio entre alunos e professores.

A portaria divulgada pela Reitoria da Ufba especifica 15 pontos a serem seguidos, incluindo restrição ao uso de ar-condicionado e a suspensão de eventos após as 17h, além da interrupção de reformas, como a da Faculdade de Odontologia. O Ministério da Educação (MEC) informou estar trabalhando para recompor o orçamento das universidades federais, que sofreram perdas nos últimos anos.
O DCE/Ufba se manifestou contra as medidas, considerando-as um “ataque à dignidade do ensino público”, e apontando que a crise orçamentária é resultado de cortes sistemáticos e subfinanciamento da educação pública. A associação de professores também demonstrou preocupação, destacando a necessidade de mobilização para garantir mais verbas para as universidades.
O impacto das medidas já é visível, com paralisações em obras e problemas em serviços essenciais, como o Restaurante Universitário. Para os estudantes, a solução não está no ajuste fiscal, mas na reforma universitária e no aumento do orçamento público para a educação.