O governo de Donald Trump tem dado sinais contraditórios em relação ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela, gerando incertezas entre os opositores do ditador. Enquanto o primeiro mandato de Trump foi marcado por duras sanções e pelo reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino, sua nova administração parece buscar um caminho de coexistência com Maduro.
Foto: Kevin Lamarque e Manaure Quintero/Reuters
Richard Grenell, enviado especial dos EUA à Venezuela, afirmou que o governo americano não tem interesse em mudanças no regime, priorizando a estabilidade econômica interna. Essa nova abordagem já resultou na libertação de seis americanos presos em Caracas e na renovação da licença que permite que a Chevron opere no país.
O realinhamento beneficia Maduro ao conceder-lhe um grau de legitimidade internacional, ao mesmo tempo que atende aos interesses de Trump em negociar petróleo e facilitar a deportação de imigrantes venezuelanos. Como parte dessa estratégia, o presidente revogou o Status de Proteção Temporária (TPS), afetando cerca de 600 mil venezuelanos nos EUA.
Entretanto, ainda há incertezas dentro do próprio governo americano. O secretário de Estado, Marco Rubio, historicamente crítico do regime chavista, não deixou claro se apoia essa nova política de acomodação.
Essa mudança de postura sugere que, embora as sanções individuais contra figuras do alto escalão de Maduro permaneçam, a prioridade dos EUA agora é outra. A grande questão que resta é até que ponto essa nova relação se manterá estável ou se poderá sofrer reviravoltas no futuro.
Com informações do G1.