O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso na noite de terça-feira (4) em uma sessão conjunta do Congresso, delineando sua visão para o segundo mandato. Em sua fala, abordou temas como tarifas comerciais, imigração, política externa e economia.
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Entre os pontos mais polêmicos, Trump mencionou o Brasil ao justificar novas tarifas sobre parceiros comerciais dos EUA. Ele criticou países como União Europeia, China, Brasil, Índia, México e Canadá, alegando que impõem tarifas mais altas sobre os produtos americanos de forma “injusta”. O presidente anunciou que, a partir de 2 de abril, entrará em vigor um regime de tarifas recíprocas, impondo taxas equivalentes às aplicadas por esses países.
Outro momento controverso do discurso foi sua declaração sobre a Groenlândia. Trump reafirmou sua intenção de integrar o território aos Estados Unidos, alegando que a ilha é fundamental para a segurança global. “Precisamos da Groenlândia para nossa segurança e vamos obtê-la de um jeito ou de outro”, declarou.
Na política externa, Trump afirmou ter recebido uma “carta importante” do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na qual o líder ucraniano se dizia pronto para negociar o fim da guerra. A declaração ocorre dias após Trump suspender a ajuda militar americana ao país, medida que gerou forte repercussão internacional.
O bilionário Elon Musk foi citado e aplaudido durante o discurso. Ele lidera a força-tarefa do governo para reduzir gastos e demitir servidores públicos. Trump agradeceu a Musk pelos cortes, alegando que sua administração já economizou bilhões de dólares.
O discurso também foi marcado por protestos da oposição. Parlamentares democratas vaiaram Trump e exibiram cartazes de crítica ao governo. Algumas congressistas usaram ternos rosa em protesto, enquanto outras deixaram o plenário durante a fala do presidente.
No tema da imigração, Trump anunciou que renomeará um refúgio de vida selvagem no Texas em homenagem a uma jovem supostamente morta por imigrantes ilegais. Ele reforçou seu compromisso de intensificar as deportações, embora tenha demonstrado frustração com o ritmo das remoções até o momento.
Por fim, o presidente culpou seu antecessor, Joe Biden, pela alta nos preços dos ovos, afirmando que a inflação herdada da gestão democrata foi um “pesadelo econômico”. Ele garantiu que seu governo está trabalhando para reverter a situação.
O discurso de Trump gerou reações divididas: foi ovacionado por republicanos, enquanto democratas expressaram forte oposição.
Com informações do G1.