Trump desafia Justiça e deporta imigrantes venezuelanos para El Salvador

O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, tomou uma decisão controversa ao deportar 261 imigrantes sem documentos, a maioria venezuelanos, para El Salvador. A medida desafiou uma ordem judicial que bloqueava temporariamente a deportação, gerando críticas e levantando questões sobre abuso de poder.

Foto: REUTERS.

Trump utilizou a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798, raramente invocada na história americana, para justificar a expulsão. Os imigrantes foram acusados de ligação com gangues como a venezuelana Tren de Aragua e a salvadorenha MS-13, ambas classificadas como organizações terroristas. No entanto, especialistas apontam que a lei, criada há mais de dois séculos, não se aplica a imigrantes ilegais, mas sim a situações de guerra declarada.

A decisão também trouxe à tona um acordo entre os EUA e El Salvador, que permite ao país centro-americano receber deportados, mesmo que não sejam salvadorenhos. Em troca, o governo de Nayib Bukele recebe apoio financeiro estimado em US$ 6 milhões. Os deportados foram enviados para o Centro de Confinamento do Terrorismo, uma mega prisão que simboliza a repressão às gangues no país.

Críticos alertam para os perigos de precedentes como este, que podem abrir caminho para abusos contra outros grupos de imigrantes. A advogada Katherine Yon Ebright, do Brennan Center for Justice, classificou a medida como “flagrantemente ilegal” e destacou os riscos de violação de direitos.

Enquanto isso, Trump ignorou as críticas e agradeceu a Bukele pela cooperação, reforçando sua retórica contra o governo anterior. A ação, no entanto, deixa questões em aberto sobre a legalidade e as implicações humanitárias dessa política.

Com informações do G1.

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