O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender com veemência a aplicação de tarifas comerciais recíprocas nesta segunda-feira (7), em meio à instabilidade dos mercados globais. Em publicação nas redes sociais, Trump classificou a medida como uma oportunidade histórica e atacou opositores com um tom provocativo.

Foto: REUTERS/Leah Millis
“Não seja fraco! Não seja estúpido! Não seja um PANICANO (um novo partido baseado em pessoas fracas e estúpidas!). Seja forte, corajoso e paciente, e a grandeza será o resultado!”, escreveu o presidente norte-americano.
O anúncio repercutiu negativamente entre investidores e analistas, que temem os efeitos de uma possível guerra comercial. Segundo especialistas, as tarifas mais altas sobre produtos importados tendem a elevar os preços de bens e insumos nos Estados Unidos, pressionando a inflação, diminuindo o consumo e podendo levar à desaceleração — ou até mesmo a uma recessão — da maior economia do mundo.
Além disso, o risco de retaliações por parte de países como a China aumenta a tensão internacional e pode agravar os impactos no comércio global. Caso as maiores economias do mundo adotem políticas protecionistas, o resultado pode ser uma redução significativa na demanda por bens, serviços e commodities como o petróleo.
Os efeitos já são sentidos nos mercados financeiros. As principais bolsas asiáticas fecharam em forte queda, com destaque para Hong Kong (-13,22%) e China (-11,39%). Na Europa, os índices também operavam em baixa durante a manhã: o DAX, da Alemanha, caía 3,99%; o CAC 40, da França, 3,90%; e o Euro Stoxx 50, 3,83%.
Os preços do petróleo, que costumam refletir as expectativas sobre o desempenho da economia global, também recuaram cerca de 3%. A tendência de queda é atribuída ao temor de que uma guerra comercial reduza a atividade econômica e, consequentemente, a demanda pela commodity.
A postura combativa de Trump, embora apoiada por parte do eleitorado, amplia a preocupação com o rumo da economia internacional em um cenário de incertezas.
Com informações do G1.