A última semana de maio começa com instabilidade climática no Sul do Brasil, trazendo temporais intensos no Rio Grande do Sul e uma onda de frio que pode derrubar drasticamente as temperaturas a partir de terça-feira (27). De acordo com a Climatempo, essa será a primeira grande massa de ar polar do ano, capaz de provocar geada ampla e até neve em regiões serranas.

Foto: Cris Faga/Dragonfly Press/Estadão Conteúdo/Arquivo
Chuva forte e risco de enchentes
Nesta segunda-feira (26), um sistema de baixa pressão no interior do continente, aliado à circulação de ventos em baixos níveis, intensifica as chuvas no Rio Grande do Sul. As regiões Oeste, Centro e Campanha enfrentam chuva forte, raios e ventania, enquanto Porto Alegre e outras áreas devem ter pancadas moderadas a fortes.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu alerta para enchentes em cidades como Uruguaiana, Santa Maria e Santa Cruz do Sul, devido à persistência da chuva ao longo do dia.
Temperaturas em queda e possibilidade de neve
A frente fria que chega na terça-feira trará duas ondas de frio ao país:
- Primeira onda (27 de maio) – Avanço da frente fria pelo Sul, provocando chuvas intensas e atingindo São Paulo e Mato Grosso com instabilidade.
- Segunda onda (31 de maio e 1º de junho) – Ar polar mais intenso, capaz de derrubar significativamente as temperaturas no Sudeste e Centro-Oeste.
Os modelos meteorológicos apontam temperaturas negativas em algumas regiões, com mínima de -3ºC a -5ºC nas áreas serranas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Há ainda potencial para geada e chance de neve, dependendo da umidade disponível.
Frio intenso alcançará outras regiões
No Norte, o fenômeno da friagem pode levar ar frio até Rondônia, Acre e sul do Amazonas. No Sudeste e Centro-Oeste, as mínimas podem ficar abaixo de 10°C, configurando um cenário de frio recorde para o período.
Possibilidade de ciclone extratropical
Na quinta-feira (29), existe a chance de formação de um ciclone extratropical sobre o Atlântico, próximo à costa gaúcha. Se confirmado, o fenômeno pode provocar rajadas de vento superiores a 100 km/h, além de risco de ressaca no litoral do Sul e Sudeste.
A Defesa Civil reforça o alerta para enchentes, deslizamentos e ressacas, recomendando que a população evite áreas de risco e acompanhe as atualizações meteorológicas.
Com informações do G1.