Os ministros do Supremo Tribunal Federal avaliam que Alexandre de Moraes está no centro de uma ofensiva internacional que busca enfraquecê-lo e, por consequência, minar a credibilidade do julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro. Para integrantes da Corte, as recentes ações de Donald Trump, Elon Musk e das big techs fazem parte de uma estratégia coordenada para pressionar o ministro, que é relator do caso.

Foto: Gustavo Moreno/STF
No entanto, o efeito dentro do STF é o oposto do desejado pelos críticos. Ministros reforçaram que Moraes está blindado e que suas decisões vêm sendo sistematicamente confirmadas pelo plenário e pelas turmas da Corte. Há uma percepção de que o alvo direto é o ministro, mas o ataque se estende ao próprio Supremo, numa tentativa de desestabilizar a instituição e o processo judicial em curso.
Diante desse cenário, cresce a mobilização para preservar Moraes e garantir a normalidade do julgamento que envolve Bolsonaro e outros 33 acusados de tentativa de golpe de Estado. Além da defesa institucional dentro do próprio STF, entidades da magistratura e parlamentares não alinhados ao bolsonarismo também se movimentam.
Uma das respostas políticas veio com o projeto de lei do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que propõe proibir a entrada no Brasil de autoridades estrangeiras que atuem contra as instituições do país. A medida é uma reação direta à articulação de Eduardo Bolsonaro para impedir a concessão de visto de Moraes para os Estados Unidos, manobra que se tornou simbólica na ofensiva contra o ministro. Curiosamente, pessoas próximas a Moraes afirmam que seu visto americano está vencido há três anos e ele nunca demonstrou interesse em renová-lo.
Com o STF unificado na defesa de sua autoridade, a tentativa de descredibilizar Moraes parece ter fortalecido sua posição e ampliado o apoio interno e externo ao tribunal.
Com informações do G1.