A ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga uma tentativa de golpe de Estado entra na fase de interrogatórios na próxima segunda-feira (9 de junho). O processo apura a atuação de um grupo que teria tentado impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter Jair Bolsonaro no poder.

Foto: Gabriela Biló/ESTADÃO CONTEÚDO
Interrogatórios e ordem dos depoimentos
Os réus serão ouvidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. O primeiro a depor será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou acordo de delação premiada. Em seguida, os demais réus serão interrogados em ordem alfabética:
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin.
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha.
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República.
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Os interrogatórios ocorrerão entre os dias 9 e 13 de junho, na Primeira Turma do STF.
Acusações contra Bolsonaro e aliados
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro liderava uma organização criminosa que tentou contestar o resultado das eleições de 2022, mobilizando estruturas do Estado, como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), para dificultar o voto de eleitores do PT.
Além disso, o grupo teria pressionado comandantes militares e incentivado acampamentos em frente a quartéis, buscando apoio para impedir a posse de Lula.
Próximos passos do julgamento
Após os interrogatórios, as defesas poderão solicitar diligências complementares. Em seguida, Moraes abrirá prazo de 15 dias para que acusação e defesa apresentem alegações finais.
O julgamento deve ocorrer no segundo semestre de 2025, quando o STF decidirá se os réus serão condenados ou absolvidos.
Com informações do G1.