Nesta sexta-feira (22), Dia da Música e de Santa Cecília, padroeira dos músicos, Salvador destaca-se no exemplo de como essa forma de expressão artística pode transformar realidades e impulsionar a economia local. Foi por meio da música, aliada aos roteiros repletos de belezas naturais e história, que a capital baiana ganhou reconhecimento mundial como um polo criativo e vibrante.
As influências de diversas culturas, sobretudo dos povos africanos, fizeram com que a cidade se tornasse um celeiro de gêneros musicais que são marcos da cultura brasileira, como o axé e o samba-reggae.
A cidade, inclusive, conta com equipamentos culturais e iniciativas públicas que fortalecem ainda mais essa relação, como o Museu da Cidade da Música da Bahia e a Casa do Carnaval da Bahia, ambos administrados pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult).
“O reconhecimento de Salvador como Cidade da Música é a confirmação do enorme valor da música produzida em Salvador e na Bahia, não apenas do ponto de vista artístico e cultural, mas também do que ela representa na vida da cidade e de seus habitantes. É inegável o seu valor como atividade vinculada à economia criativa local e ao turismo, especialmente se pensarmos que nossa música é um dos principais ‘cartões de visita’”, comenta Renata Camarotti, coordenadora de equipamentos culturais.
Ainda de acordo com ela, o título de Cidade da Música é um incentivo para Salvador continuar desenvolvendo e implementando políticas públicas que fortaleçam essa relação, ampliem oportunidades, fomentem a profissionalização e gerem emprego e renda para toda a cadeia produtiva.
Cidade pulsante – Lucía Rodríguez é colombiana e aluna do mestrado de Musicologia Histórica pela Universidad EAFIT, em Medellín. No verão do ano passado, ela veio a Salvador conhecer as belezas naturais da cidade, mas também para entender a relação que ela possui com a música.
“Uma amiga brasileira, de Salvador, me falou sobre como a cidade respira a música. Fiquei interessada em saber como essa relação foi construída. Quando eu cheguei, fiquei maravilhada com o fato dessa cidade ser puro ritmo”, comenta a colombiana.
Um dos locais visitados por Lucía foi a Cidade da Música da Bahia. O equipamento cultural está localizado próximo ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo, funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com ingressos que custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Residentes de Salvador, no entanto, que apresentarem comprovante, pagam meia entrada todos os dias.
Em seus quatro pavimentos, os visitantes conhecem a trajetória da música desde os primórdios da colonização da primeira capital do Brasil até a rica diversidade sonora dos tempos atuais. Além disso, o espaço é um centro cultural voltado para a produção de novas expressões musicais.
Fotos: Otávio Santos e Jefferson Peixoto/ Secom PMs