O traficante brasileiro Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, foi preso na Bolívia no dia 16 de maio de 2025, após tentar renovar uma carteira de identidade falsa em Santa Cruz de La Sierra. Ele era considerado um dos principais líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) fora dos presídios e estava na lista da Interpol.

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Ascensão no PCC e vida de luxo
Tuta começou sua trajetória criminosa nos anos 1990, cometendo delitos como porte ilegal de arma e extorsão. Em 2006, ele se aproximou de Marcola, líder máximo do PCC, e passou a atuar diretamente nos negócios da facção.
Após conquistar a confiança da cúpula, Tuta expandiu sua influência e, em 2018, foi contratado como adido comercial do consulado de Moçambique em Belo Horizonte, recebendo um salário de R$ 10 mil. Segundo o Ministério Público, ele usava essa posição para estabelecer uma rota de tráfico internacional de cocaína para a Europa.
Com o dinheiro do tráfico, Tuta levava uma vida de luxo, viajando de jatinho, comprando lanchas e imóveis em São Paulo e no litoral paulista, além de possuir uma empresa de ônibus na Baixada Santista.
Prisão na Bolívia e extradição para o Brasil
Tuta foi preso ao tentar renovar um documento falso com o nome de Maycon Gonçalves da Silva, obtido na República Dominicana. Ele estava acompanhado do major Gabriel Soliz, um policial boliviano que atuava como seu segurança e também foi detido.
Após sua captura, Tuta foi expulso da Bolívia e entregue às autoridades brasileiras na fronteira com Corumbá (MS). Ele foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília, onde também está Marcola, mas sem possibilidade de contato entre os dois.
Conflitos internos no PCC
Investigações apontam que, em 2021, Marcola pressionou o PCC para executar um plano de fuga da penitenciária federal, mas foi informado que Tuta não estava atuando de forma satisfatória. Em conversas codificadas, Marcola demonstrou insatisfação com a demora e exigiu que o plano fosse colocado em prática.
Apesar do fracasso na fuga, Tuta manteve sua posição de confiança dentro da facção até sua prisão. Agora, ele enfrenta acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas.
Com informações do G1.