Quem é Peixão, chefe do Complexo de Israel e um dos traficantes mais procurados do RJ

Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, é o líder do Terceiro Comando Puro (TCP), uma das principais facções criminosas do Rio de Janeiro. Ele comanda o Complexo de Israel, na Zona Norte da cidade, que abrange as comunidades Cidade Alta, Parada de Lucas, Vigário Geral, Cinco Bocas e Pica-pau. Símbolos como a Estrela de Davi e a bandeira de Israel estão espalhados pelas favelas sob seu domínio.

Foto: Divulgação.

Peixão jamais foi preso e é um dos criminosos mais procurados do estado. Sua facção rivaliza com o Comando Vermelho (CV) e possui um forte arsenal bélico, capaz de sustentar longos confrontos com forças de segurança e grupos rivais.

Violência e domínio territorial

Nesta quarta-feira (12), uma operação policial no Complexo de Israel resultou em tiroteios que fecharam a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. Quatro pessoas ficaram feridas, sendo duas baleadas e duas atingidas por estilhaços.

O secretário de Segurança do RJ, Victor Santos, afirmou que a ação visava evitar um “banho de sangue”, já que o TCP planejava invadir a comunidade do Quitungo, controlada pelo CV.

Ascensão ao poder no tráfico

O domínio de Peixão começou em 2016, após a invasão da Cidade Alta. Seu território foi crescendo, e durante a pandemia, ele consolidou o Complexo de Israel, governando com mão de ferro.

Para reforçar seu controle, ele ordenou a instalação de câmeras de vigilância, a construção de pontes entre as favelas e até interferiu em questões religiosas, fechando uma igreja católica na região.

Passado e intolerância religiosa

Antes de se tornar Peixão, Álvaro era chamado de Alvinho. Criado pela mãe, uma umbandista, ele cresceu entre rituais religiosos. Porém, após se converter ao evangelho, adotou uma postura de intolerância religiosa, proibindo terreiros e removendo imagens de santos do Complexo de Israel.

Ele também foi acusado de ordenar ataques a centros de religiões afro-brasileiras através do Bonde de Jesus, grupo que atuava em Duque de Caxias.

Vida luxuosa e influência criminosa

A polícia identificou dois imóveis de Peixão, ambos de alto padrão. Um deles, em Parada de Lucas, possuía piscina, academia de musculação moderna e até um lago artificial para criação de carpas.

Seu histórico criminal inclui cerca de 50 registros, com 20 mandados de prisão por crimes como tráfico, homicídio, tortura, assaltos e ocultação de cadáver. Ele também é investigado por pagar propina a policiais corruptos para manter o controle de seu território.

Conflitos e estratégia de guerra

Em 2016, Peixão tomou o Complexo de Israel após meses de preparação, usando até drones para mapear territórios inimigos. Em 2017, o Comando Vermelho enviou mais de 100 homens para tentar retomar o território, mas a PM interveio, prendeu 45 criminosos, apreendeu 33 fuzis e garantiu a permanência de Peixão no poder.

Atualmente, ele continua no topo da lista de criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, comandando uma das facções mais violentas do estado.

Com informações do G1.

FONTES / CRÉDITOS:

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossas notícias diretamente em seu email.

Inscrição realizada com sucesso Ops! Não foi possível realizar sua inscrição. Verifique sua conexão e tente novamente.

Anuncie aqui

Fale conosco