A Quarta-feira de Cinzas marca o início da quaresma para os cristãos católicos, um período de introspecção e preparação para a Páscoa. A data simboliza a transição entre o período de festas, como o Carnaval, e a entrada em um tempo de penitência e reflexão.

Foto: Domínio público.
Durante as missas, os fiéis recebem as cinzas na testa ou na cabeça, como sinal de arrependimento. O rito é acompanhado de uma frase dita pelo sacerdote: “Convertei-vos e crede no Evangelho”, que convoca à mudança de vida, ou “Das cinzas vieste, às cinzas retornarás”, que lembra a transitoriedade da vida humana. Ambas refletem o propósito espiritual da data: a renovação da fé e o reconhecimento da fragilidade humana.
As cinzas utilizadas na cerimônia vêm da queima dos ramos bentos do Domingo de Ramos do ano anterior, reforçando o ciclo litúrgico e a continuidade da prática religiosa. Esse gesto de penitência remonta aos primeiros séculos do Cristianismo, quando os fiéis usavam cinzas como sinal de arrependimento público.
O simbolismo das cinzas é duplo: por um lado, elas representam a efemeridade da vida humana, como lembrado em passagens bíblicas, e por outro, convidam à reflexão e ao arrependimento, aspectos centrais do período da quaresma. Esse tempo é dedicado ao jejum, à oração e à meditação sobre os eventos da paixão, morte e ressurreição de Cristo.
Embora a Quarta-feira de Cinzas seja amplamente observada nas igrejas católicas, a prática não é comum em muitas tradições protestantes e evangélicas, embora o período da quaresma seja igualmente reconhecido em algumas dessas comunidades.
Com informações do G1.