A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou, na última terça-feira (8), um projeto de lei que proíbe o uso de armas de fogo por seguranças pessoais do presidente da República e de ministros de Estado. A iniciativa, apresentada pelos deputados Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Delegado Caveira (PL-PA), busca alinhar a segurança presidencial à política de desarmamento defendida pelo governo atual.

Foto: Ricardo Stuckert / Institutlo Lula
Reações e polêmicas
O projeto gerou controvérsia, sendo considerado extremista e inconstitucional por líderes partidários. Nem mesmo dentro do Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, há consenso sobre a proposta. Um dirigente do partido classificou o projeto como “sem futuro” e alertou para o risco de associar a sigla a uma imagem de radicalismo.
Durante a análise do texto, o relator Gilvan da Federal (PL-ES) fez declarações polêmicas, afirmando que “quer que Lula morra” e que os seguranças presidenciais deveriam andar desarmados. A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou uma Notícia de Fato à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República para investigar as falas do deputado.
Próximos passos
A proposta ainda precisa ser analisada por outras duas comissões da Câmara antes de seguir para o Senado. A expectativa é de que, devido às controvérsias e à falta de apoio, o projeto não avance.
A discussão reflete divisões profundas sobre segurança e políticas de armamento no Brasil, destacando os desafios de equilibrar ideologias e proteção institucional.
Com informações do Bnews.