Preço do ovo dispara em março e pode continuar alto após a Quaresma

O preço do ovo registrou um aumento expressivo de 19,44% na prévia da inflação de março em relação a fevereiro, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 2025, o reajuste já chega a 25,88%.

Foto: Divulgação.

Especialistas atribuem a alta ao aumento do custo do milho, ingrediente essencial na alimentação das aves, às temperaturas elevadas que afetam a produção e à maior demanda durante a Quaresma, período em que muitos consumidores substituem a carne vermelha por proteínas mais acessíveis, como os ovos.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirma que a tendência é de normalização dos preços após a Páscoa. Entretanto, economistas alertam que a estabilidade pode depender do comportamento dos preços das carnes. Caso os valores das proteínas concorrentes continuem elevados, a busca pelos ovos pode seguir intensa, sustentando os preços em patamares elevados.

A diretora administrativa do Instituto Ovos Brasil (IOB), Tabatha Lacerda, destaca que a alta de preços ocorreu antes do esperado e que o custo da produção vem pressionando o setor. Além do milho, que acumulou aumento de 30% desde julho de 2024, o custo com embalagens dobrou nos últimos oito meses, e o calor intenso impactou a produtividade das aves.

O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, reforça que a inflação das carnes bovina, de frango e suína tem levado os consumidores a buscar alternativas mais econômicas, como os ovos. Se os preços das carnes continuarem elevados mesmo após a Quaresma, a tendência é que o valor do ovo permaneça acima da média histórica.

Outro fator que poderia influenciar os preços é a exportação. Desde dezembro, as vendas externas aumentaram, impulsionadas pela crise da gripe aviária nos Estados Unidos. No entanto, a ABPA ressalta que a exportação representa menos de 1% da produção nacional e, por enquanto, não exerce grande impacto na oferta interna.

O consumo de ovos no Brasil tem crescido nos últimos anos. Em 2023, a média foi de 242 unidades per capita, subindo para 269 em 2024. A expectativa é que o número alcance 272 unidades por pessoa em 2025, consolidando o ovo como um dos principais alimentos na dieta dos brasileiros.

Com informações do G1.

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