A cantora Lexa anunciou nesta segunda-feira (10) a morte de sua filha, Sofia, devido a complicações causadas por pré-eclâmpsia precoce e síndrome de HELLP. A bebê nasceu no dia 2 de fevereiro, mas não resistiu e faleceu três dias depois.

Foto: Divulgação.
“O nosso milagre nasceu! Dia 05/02 minha filha amada nos deixou. Um luto e uma dor que eu nunca tinha visto igual. Vivi os dias mais difíceis da minha vida (…). Foram 25 semanas e 4 dias de uma gestação muito desejada!”, escreveu Lexa no Instagram.
O que é a pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia é uma condição grave que pode surgir após 20 semanas de gravidez, caracterizada pelo aumento da pressão arterial e presença de proteínas na urina (proteinúria).
Se não for tratada, pode levar a complicações severas, como:
• Desprendimento da placenta
• Nascimento prematuro
• Convulsões e AVC na mãe
• Comprometimento do crescimento do bebê
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a pré-eclâmpsia é responsável por 10% a 15% das mortes maternas no mundo. No Brasil, é a principal causa de óbitos maternos.
Síndrome de HELLP: um agravamento da pré-eclâmpsia
A síndrome de HELLP é uma forma ainda mais grave da doença e se caracteriza por:
• Hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos)
• Baixa contagem de plaquetas
• Comprometimento do fígado
Essa condição aumenta o risco de hemorragias durante o parto, podendo levar a complicações fatais.
Sintomas da pré-eclâmpsia
Nem todas as gestantes apresentam sintomas, mas os mais comuns incluem:
• Dores de cabeça intensas
• Pressão arterial elevada
• Inchaço no rosto e mãos
• Ganho de peso excessivo em uma semana
• Dificuldade para respirar
• Dor na parte superior do abdômen
• Náuseas e vômitos
• Alterações na visão
Pré-eclâmpsia tem cura?
A única forma de “cura” da pré-eclâmpsia é o parto, pois a condição está associada à alteração vascular da placenta.
Quando o diagnóstico ocorre antes das 37 semanas, os médicos avaliam o risco para a mãe e para o bebê, buscando prolongar a gestação pelo maior tempo possível.
Fatores de risco
Algumas condições aumentam a probabilidade de desenvolver pré-eclâmpsia:
• Pressão alta crônica
• Diabetes (antes ou durante a gravidez)
• Obesidade
• Primeira gestação
• Gestação de gêmeos
• Gravidez após os 35 anos
• Histórico da doença em gestações anteriores
Médicos recomendam que gestantes com alto risco iniciem a prevenção com AAS (ácido acetilsalicílico) e cálcio a partir da 16ª semana.
O caso de Lexa
Apesar de seguir todas as recomendações médicas, Lexa teve um quadro raro e extremamente grave da doença.
“Eu tomei AAS e cálcio na gestação toda, fiz um pré-natal perfeito, fiz TUDO, mas minha pré-eclâmpsia foi muito precoce, extremamente rara e grave… Meu fígado começou a comprometer, os meus rins”, desabafou a cantora.
O caso serve de alerta para a importância do pré-natal e do acompanhamento rigoroso da saúde materna, já que não há uma forma garantida de evitar a pré-eclâmpsia.
Com informações do G1.