A Polícia Federal realizou uma operação que resultou na prisão de 26 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de tráfico internacional de cocaína, utilizando veleiros para transportar a droga para a África e Europa. A ação foi desencadeada após a delação de um dos marinheiros do grupo.
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Entre os investigados está o contador Rodrigo Morgado, acusado de oferecer apoio financeiro e logístico à quadrilha. Ele foi detido por porte ilegal de arma. Morgado já havia sido protagonista de uma polêmica anterior ao tomar um carro de uma funcionária que havia sido sorteada em um evento de sua empresa.
O esquema também contava com o velejador Flávio Fontes, que já trabalhou com o navegador Amyr Klink e aceitou transportar cocaína em troca de R$ 1 milhão. Em junho de 2022, ele partiu de Ilhabela em um veleiro e recebeu a carga em alto-mar. A droga foi apreendida pela polícia espanhola nas Ilhas Canárias, mas Fontes conseguiu escapar.
Em fevereiro de 2023, Fontes tentou outra travessia com três toneladas de cocaína no veleiro Lobo IV, mas foi interceptado pela Marinha dos Estados Unidos. A embarcação foi destruída, e ele acabou preso. Atualmente, está detido na Flórida, onde teve sua pena reduzida após cooperar com as investigações.
A quadrilha operava a partir de Santos (SP), onde a droga era armazenada antes de ser transportada. O advogado Leandro Cordasso teria fornecido as coordenadas da entrega, enquanto Marco Aurélio de Souza, o “Lelinho”, gerenciava a logística das viagens e mantinha empresas de fachada ligadas ao esquema.
As autoridades suspeitam que ambos tenham ligação com integrantes do PCC, e ambos foram presos na operação. A defesa de Lelinho nega qualquer envolvimento.
Com informações do G1.