O Partido Liberal (PL) alterou sua abordagem para viabilizar o requerimento de urgência do projeto de lei que busca anistiar os condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A mudança ocorreu após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), solicitar que os líderes partidários não assinassem o requerimento neste momento, devido à pressão associada à sua posição.
Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados
Nova estratégia
Com a limitação imposta, o PL passou a coletar assinaturas individuais dos deputados, em vez de contar com o apoio direto dos líderes partidários. Até agora, 163 assinaturas foram reunidas, com o objetivo de alcançar o número necessário para protocolar o requerimento. Esse mecanismo permite que a proposta seja apreciada diretamente no plenário, sem passar pelas comissões.
Declarações de Sóstenes Cavalcante
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, destacou que Hugo Motta continua sendo um aliado do partido, mas reconheceu as circunstâncias que levaram à mudança de estratégia. Ele também afirmou que a obstrução de pautas continuará, mas de forma “responsável”, para não prejudicar matérias essenciais, como as comissões de orçamento, que são cruciais para garantir o apoio parlamentar à anistia.
Essa movimentação reflete a complexidade política em torno do projeto, que enfrenta resistência e exige articulação estratégica para avançar no Congresso.
Com informações do Bahia.Ba.