O peixe-leão, uma espécie originária dos oceanos Índico e Pacífico, tem causado preocupações no Brasil devido à sua rápida reprodução e impacto ambiental. Sem predadores naturais no litoral brasileiro, ele ameaça o equilíbrio ecológico ao se alimentar de espécies locais. O animal, que pode atingir até 49 centímetros, foi registrado pela primeira vez no país em 2014, no Rio de Janeiro, e, desde então, tem se espalhado por outros estados, incluindo Fernando de Noronha.

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A espécie é predadora voraz, consumindo até 20 peixes em apenas 30 minutos, e possui alta capacidade reprodutiva, podendo liberar até 30 mil ovos de uma vez. Além do impacto ambiental, o peixe-leão representa um risco à saúde humana, pois seus 18 espinhos contêm uma toxina que pode causar dores, febre e, em casos extremos, convulsões.
Diante da ameaça, órgãos como o ICMBio têm promovido treinamentos para pescadores e mergulhadores, autorizando a captura da espécie em Fernando de Noronha. Os peixes capturados são enviados para análise em universidades parceiras. Apesar de discussões sobre o consumo do peixe-leão como forma de controle populacional, a prática ainda depende de regulamentação.
Em caso de acidente, a orientação é lavar a área afetada com água quente e procurar atendimento médico. Para avistamentos, cidadãos podem entrar em contato com o Ibama pelo número 0800 61 8080. A atuação coordenada de pesquisadores, órgãos ambientais e sociedade civil é fundamental para conter os danos causados por essa espécie invasora.
Com informações do Bnews.