Passo a passo da vingança: mulher envenena ovo de Páscoa e mata duas crianças no Maranhão

Um crime meticulosamente planejado e motivado por vingança resultou na morte de duas crianças em Imperatriz, no Maranhão. A esteticista Jordélia Pereira Barbosa foi indiciada por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio após, segundo a Polícia Civil, envenenar um ovo de Páscoa destinado a Mirian Lira Rocha, atual namorada de seu ex-marido.

Foto: Divulgação.

Mirian e seus filhos, Evely, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7, comeram o chocolate. As duas crianças não resistiram ao envenenamento. Mirian sobreviveu, mas se tornou a principal testemunha do caso.

Viagem e disfarce

Para executar o crime, Jordélia percorreu cerca de 400 km de Santa Inês até Imperatriz. A escolha da Páscoa não foi por acaso: ela acreditava que seria mais fácil entregar o presente sem levantar suspeitas e que, por ser um feriado prolongado, a investigação demoraria a avançar.

Imagens de câmeras de segurança mostram a criminosa chegando a um hotel em Imperatriz usando uma peruca preta como disfarce. Em seguida, ela foi ao supermercado onde Mirian trabalha e tentou se aproximar, fingindo ser representante de uma marca de chocolates. Ao não conseguir permissão para oferecer a degustação, decidiu aplicar outro plano.

Entrega do ovo envenenado

Jordélia foi até um shopping, comprou um ovo de Páscoa, retornou ao hotel e contratou um mototaxista para fazer a entrega na casa de Mirian. Ela deu o nome, endereço e referências, orientando que perguntasse diretamente por Mirian.

Após a entrega, Jordélia ligou para confirmar se Mirian havia recebido o presente. A vítima desconfiou, mas pensou que o remetente fosse seu namorado, Antônio Alves Barbosa Filho, ex-marido de Jordélia.

Denúncia e prisão

O mototaxista que realizou a entrega reconheceu a casa ao ver a notícia do envenenamento e procurou a polícia. Com base nas imagens do hotel e nas informações do entregador, os investigadores rastrearam o percurso do ônibus que Jordélia usou para fugir. Ela foi presa no dia 17 de abril, perto de Santa Inês.

Na posse de Jordélia, foram encontradas perucas e chocolate granulado, usado para mascarar o gosto do veneno.

Acusações

O Ministério Público a acusa de agir com dolo direto, ou seja, com a intenção clara de matar Mirian. Como o envenenamento acabou vitimando as duas crianças, ela responderá por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio. O motivo torpe — a vingança — pode agravar a pena, que varia entre 12 e 30 anos de prisão por cada crime.

A defesa de Jordélia nega as acusações e afirma que os fatos serão esclarecidos durante o processo.

Com informações do G1.

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