Durante o período do Carnaval, o Parque Natural Municipal Marinho da Barra será alvo de intensificação nas ações de monitoramento e proteção, visando mitigar os impactos causados pelo aumento do número de embarcações na área. A Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência e Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), responsável pela gestão do parque, se unirá à Capitania dos Portos e à Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) para garantir a proteção ambiental no local, que é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral.

Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS
O parque, que cobre uma área de mais de 300 mil m² e se estende entre o Forte de Santo Antônio, no Farol da Barra, até o Forte de Santa Maria, no Porto, tem sido palco de esforços para preservar a rica biodiversidade e os sítios arqueológicos subaquáticos da região. Para isso, um Decreto Municipal (30.953/2019) e uma legislação mais rigorosa (dispositivo legal nº 39.792/2025) foram elaborados, com o objetivo de proteger o ecossistema e os patrimônios históricos.
Essas mudanças incluem uma fiscalização mais rigorosa sobre a navegação de embarcações no parque, determinando que apenas embarcações da autoridade marítima e aquelas com anuência prévia do Conselho Gestor possam fundear na área. A Capitania dos Portos da Bahia atuará ativamente na fiscalização, garantindo a segurança da navegação e prevenindo a poluição hídrica e os impactos ambientais na fauna e flora locais.
Entre as espécies que habitam o parque estão tartarugas ameaçadas de extinção, corais e diversas espécies marinhas, sendo essencial evitar os danos causados por embarcações e o fundeio na região. Ivan Euler, gestor da Secis, destacou que o aumento da atividade náutica no local pode resultar em poluição e danos ambientais irreparáveis, incluindo ao patrimônio histórico, representado pelos naufrágios subaquáticos.
Além das ações de fiscalização, o trabalho educativo junto às marinas tem se mostrado eficaz na redução das embarcações ancoradas no parque durante os últimos carnavais. O diretor do Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural (Savam), João Resch, enfatizou que o trabalho de conscientização, com reuniões e distribuição de materiais informativos, tem sido fundamental para engajar os responsáveis pelas embarcações.
O objetivo central das ações é garantir a proteção das espécies marinhas, como as tartarugas, e assegurar a preservação da beleza cênica e da integridade dos naufrágios, ao mesmo tempo em que se proporciona segurança aos turistas e foliões que visitam a área. A operação conjunta visa, portanto, proteger tanto o meio ambiente quanto a segurança humana no mar, garantindo o uso sustentável dos recursos naturais e a continuidade da biodiversidade no parque.
Com informações do Bahia.Ba.