Onda de frio aumenta risco de infecções respiratórias no Brasil

A queda brusca de temperatura que atinge diversas regiões do Brasil nos últimos dias tem impacto direto na saúde respiratória. Especialistas alertam que, embora o frio não cause gripe diretamente, ele cria condições ideais para que vírus e bactérias se propaguem com mais facilidade.

Foto: Bruno Rocha/Fotoarena via Estadão Conteúdo/Arquivo

Com a onda polar, ao menos oito capitais brasileiras devem registrar suas menores temperaturas em 2025, tornando o período especialmente crítico para pessoas com doenças respiratórias preexistentes.

Por que o frio favorece infecções?

O ar gelado não transmite vírus, mas afeta mecanismos naturais de defesa do corpo, tornando as vias respiratórias mais vulneráveis. Segundo a pneumologista Marcela Ximenes, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o frio resseca o muco que reveste o nariz, garganta e pulmões, prejudicando sua capacidade de bloquear vírus, bactérias e partículas poluentes.

Além disso, o frio reduz a atividade dos cílios respiratórios, pequenas estruturas que ajudam a expulsar impurezas e agentes infecciosos. Com essa barreira enfraquecida, aumenta o risco de contrair gripes, resfriados, sinusites e pneumonias.

Impacto para quem tem doenças respiratórias

Pacientes com rinite, sinusite e asma tendem a sentir ainda mais os efeitos negativos do frio. O ar gelado contrai os brônquios pulmonares, dificultando a respiração e agravando sintomas preexistentes.

“O frio é um gatilho para quem já tem problemas respiratórios, potencializando crises e dificultando a oxigenação adequada”, explica Maria Cecília Maiorano, médica do AC Camargo Câncer Center.

Ambientes fechados aumentam a circulação de vírus

Outro fator que impulsiona infecções é o comportamento das pessoas em períodos frios. Com janelas fechadas e maior tempo em locais mal ventilados, vírus como influenza, rinovírus e Vírus Sincicial Respiratório (VSR) se espalham com facilidade.

Além disso, quando uma pessoa contrai um vírus, seu sistema imunológico se volta para combatê-lo, abrindo espaço para infecções bacterianas oportunistas.

Como se proteger?

  • Hidratação e lavagem nasal – Manter o muco hidratado ajuda na defesa natural contra invasores.
  • Vacinação contra gripe – A vacina reduz os efeitos da infecção, evitando complicações graves. Atualmente, apenas 33% dos grupos prioritários foram vacinados no Brasil.
  • Uso de máscaras e cachecóis – Cobrir o nariz e a boca aquecem o ar inalado, protegendo contra o ressecamento das vias respiratórias.
  • Higiene constante – Lavar as mãos e usar álcool em gel evita o contato com superfícies contaminadas.

A gripe no cenário mundial

Anualmente, mais de 500 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus influenza em todo o mundo. Destes, entre 290 mil e 650 mil morrem, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os vírus são transmitidos por gotículas no ar, expelidas durante espirros, tosses ou conversas. Para evitar contágios, medidas preventivas como vacinação e higiene são essenciais, especialmente em momentos de forte queda de temperatura.

Com informações do G1.

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