A crise humanitária na Faixa de Gaza atingiu um novo patamar de desespero na noite de quarta-feira (28 de maio), quando milhares de palestinos invadiram um armazém do Programa Mundial de Alimentos (PMA) em Deir el-Balah, no centro do território. O saque ocorreu em meio ao agravamento da fome e à escassez de suprimentos básicos.

Foto: Imagem obtida pela Reuters
Tumulto e relatos de vítimas
Segundo o PMA, há suspeita de duas mortes e diversos feridos durante o tumulto. Testemunhas relataram que a multidão esvaziou completamente o armazém, levando sacos de comida, caixas de suprimentos e até paletes de madeira. Em alguns momentos, tiros foram ouvidos, mas ainda não está claro como as vítimas morreram ou se feriram.
Contexto da crise alimentar
- 18 meses de guerra e bloqueio total de ajuda internacional por 11 semanas agravaram a fome na região.
- Israel suspendeu parcialmente o bloqueio na semana passada, permitindo a entrada de caminhões com suprimentos.
- ONU alerta para deterioração da situação, com risco de limitação da ajuda humanitária a pessoas já famintas.
Pressão internacional e resposta de Israel
O episódio ocorre em meio a crescentes críticas internacionais sobre o tratamento de Israel aos palestinos. O embaixador da Palestina na ONU chorou durante uma sessão do Conselho de Segurança, enquanto Israel defende que o bloqueio foi imposto para pressionar o Hamas a libertar reféns.
A ONU e outras organizações humanitárias continuam exigindo acesso seguro e irrestrito para a distribuição de alimentos em Gaza, alertando que a situação pode se agravar ainda mais se a ajuda não for ampliada imediatamente.
Com informações do G1.