Os preços máximos de medicamentos comercializados no Brasil passaram a ter reajuste de até 5,06% desde a última segunda-feira (31). A medida, regulada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), estabelece taxas diferenciadas de aumento conforme o nível de concorrência de cada produto. Entre os medicamentos mais afetados estão os de uso contínuo para doenças crônicas como hipertensão, diabetes e dislipidemia.

Foto: UPA/Divulgação
Segundo o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, o impacto do reajuste pode demorar a chegar ao consumidor devido à competição entre farmácias e aos estoques disponíveis. Os produtos foram categorizados em três níveis de concorrência:
- Nível 1: Alta concorrência, com reajuste máximo de 5,06% (exemplo: antidepressivos, antibióticos e analgésicos).
- Nível 2: Média concorrência, com aumento de até 3,83% (exemplo: antidiabéticos e antigripais).
- Nível 3: Baixa ou nenhuma concorrência, com alta máxima de 2,60% (exemplo: insulina, antivirais e vacinas).
Impacto nos Pacientes
Medicamentos amplamente usados para doenças como hipertensão, diabetes e colesterol elevado foram analisados por especialistas, revelando variação nos reajustes conforme a classificação. Na Farmácia Popular, que oferece descontos ou gratuidade, muitos dos remédios para hipertensão e diabetes estão no nível 1, enquanto a insulina glargina, essencial para pacientes diabéticos, está no nível 3 devido à baixa competitividade.
Pacientes psiquiátricos, por outro lado, enfrentam maior pressão financeira. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antonio Geraldo, o aumento nos preços dos antidepressivos, com reajuste de até 5,06%, pode levar muitos pacientes a interromperem o tratamento devido ao impacto no orçamento familiar.
Denúncias e Controle
O reajuste precisa seguir os limites estabelecidos pela CMED. Empresas farmacêuticas devem enviar relatórios detalhados de comercialização e faturamento. Caso sejam detectados preços acima do teto permitido, os consumidores podem registrar denúncias no site da Anvisa, que monitora os valores máximos praticados.
Com os novos aumentos, o setor farmacêutico enfrenta um desafio de equilíbrio entre garantir acessibilidade e ajustar preços ao mercado.
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