O Museu de Arte de São Paulo (Masp) está prestes a ganhar um novo capítulo em sua história. Nesta sexta-feira (28), será inaugurado o Edifício Pietro Maria Bardi, anexo que expande significativamente o espaço do museu e homenageia um de seus idealizadores. Com a abertura do novo prédio, o edifício original projetado por Lina Bo Bardi passará a ser oficialmente chamado de Edifício Lina Bo Bardi. Juntos, eles formam um complexo cultural que fortalece o legado arquitetônico e artístico da instituição.

Foto: Fábio Tito/ g1
Projetado para dialogar com a construção histórica sem competir com sua imponência, o novo edifício tem 14 andares, sendo cinco dedicados às exposições. Com 7.821 m², ele dobra a área expositiva do Masp, permitindo uma ampliação significativa da programação cultural. O espaço também contará com salas de aula, um laboratório de conservação e restauro, auditórios para eventos e novas docas para recebimento de obras.
Para conectar os dois edifícios, está sendo construído um túnel subterrâneo de 40 metros, previsto para ser entregue no segundo semestre deste ano. O acesso ao Masp será unificado, mantendo os mesmos valores de ingresso e permitindo que os visitantes circulem livremente entre os prédios.
O novo anexo traz uma programção especial para sua inauguração. A exposição “Cinco Ensaios sobre o Masp” ocupará os cinco andares expositivos e trará uma retrospectiva do acervo do museu, incluindo mostras dedicadas a artistas como Renoir e Lygia Clark. O espaço também contará com um mirante no décimo andar, oferecendo uma vista privilegiada da Avenida Paulista.
O edifício original, agora batizado como Edifício Lina Bo Bardi, será cada vez mais voltado às artes visuais e eventos culturais. Além disso, o famoso vão-livre passará por reformas e será utilizado para exposições a céu aberto. A concessão do espaço ao Masp foi garantida por 20 anos, permitindo melhorias na infraestrutura e maior utilização do local para eventos culturais.
Desde o início das obras, em 2019, a expansão do Masp gerou grandes expectativas e também algumas críticas. O novo edifício foi comparado a uma CPU de computador por sua estética austera. No entanto, seus idealizadores acreditam que, assim como ocorreu com o prédio histórico na década de 1960, o tempo trará nova compreensão e valorização para a obra.
Com a ampliação, o Masp se consolida como um dos principais polos culturais do Brasil, oferecendo um espaço mais dinâmico e estruturado para a exposição de seu valioso acervo, educação artística e realização de eventos culturais.
Com informações do G1.