Kremlin considera discussão entre Trump e Zelensky “sem precedentes”

O governo russo classificou como um “episódio sem precedentes” o intenso bate-boca entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ocorrido na última sexta-feira (1º) durante um encontro no Salão Oval da Casa Branca. A conversa, que tinha como objetivo discutir um acordo sobre a exploração de recursos minerais na Ucrânia, terminou em frustração, sem a assinatura do esperado pacto.

Foto: Peter Nicholls/Pool Photo via AP

Em uma declaração nesta segunda-feira (3), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o incidente expôs as dificuldades que a Ucrânia e Zelensky enfrentam em negociar uma resolução pacífica para o conflito. “O que aconteceu na Casa Branca claramente mostrou o quão difícil será chegar a um acordo em torno da Ucrânia. O regime de Kiev e Zelensky não querem paz. Eles querem que a guerra continue”, disse Peskov, acusando o presidente ucraniano de demonstrar “falta de habilidade diplomática”.

Peskov também levantou questões sobre a relação entre Moscou e Washington, sem confirmar ou negar se houve contatos recentes entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin. “Não houve nenhum contato que possa ser tornado público”, afirmou, destacando que Putin está ciente do incidente, mas não fez comentários sobre o ocorrido.

Reino Unido, França e Ucrânia Elaboram Plano de Cessar-Fogo

Enquanto isso, na Europa, o Reino Unido, a França e a Ucrânia estão trabalhando em um plano de cessar-fogo para ser discutido com os Estados Unidos. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou no domingo (2) que o objetivo é interromper os combates na Ucrânia, focando na busca por uma paz duradoura no país.

“Concordamos que o Reino Unido, juntamente com a França e possivelmente mais um ou dois países, trabalhará com a Ucrânia em um plano para interromper os combates. E então discutiremos esse plano com os Estados Unidos”, afirmou Starmer à BBC. Ele enfatizou a importância de um esforço conjunto para evitar abordagens isoladas, que poderiam ser mais lentas e menos eficazes.

A proposta de cessar-fogo surge após o tenso episódio entre Trump e Zelensky, que evidenciou as tensões nas negociações sobre o apoio dos EUA à Ucrânia no conflito contra a Rússia. Durante o encontro na Casa Branca, Trump acusou Zelensky de ser ingrato pelo apoio dos EUA e a conversa terminou sem progresso nas discussões sobre o acordo de exploração de recursos minerais ucraniano.

Com informações do G1.

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