Justiça nega prisão de homem acusado de estupro mesmo com gravação de câmera de segurança

Uma câmera de segurança flagrou um caso de violência sexual em Paranaguá, no litoral do Paraná. O equipamento registrou o momento em que uma jovem foi arrastada para o banheiro de um posto de combustíveis desativado e seus apelos de socorro. Mesmo com a gravação, a Justiça negou duas vezes o pedido de prisão preventiva do acusado, Nathan de Siqueira Menezes.

Foto: Divulgação.

A vítima conheceu Nathan em uma casa de shows no dia 23 de fevereiro. Segundo seu relato, os dois chegaram a se beijar, mas ela decidiu ir embora com uma amiga e solicitou um carro de aplicativo. Antes de sair, pediu para usar o banheiro. Nathan se ofereceu para acompanhá-la até um posto de combustíveis ao lado, sem informá-la de que o local estava desativado.

As imagens de segurança mostram o homem puxando a jovem pelo corredor. O áudio captado registra pelo menos 11 pedidos da vítima para que ele parasse. O motorista do carro de aplicativo, preocupado com a demora, tentou ligar para ela repetidamente. Segundo a vítima, Nathan impediu que ela atendesse o telefone, mas, ao conseguir pegar o aparelho, encontrou uma oportunidade para fugir.

Na mesma madrugada, a jovem procurou a delegacia de Paranaguá e registrou um boletim de ocorrência. Nathan foi ouvido cinco dias depois e negou as acusações. Ao ser confrontado com a gravação, afirmou que a vítima “estava fazendo charme”.

A Polícia Civil também apurou que o acusado gravou o estupro com seu celular. O aparelho foi apreendido, mas o vídeo não foi localizado, possivelmente deletado. O dispositivo está sob análise da perícia técnica para tentar recuperar o arquivo.

Dois dias após o crime, a Justiça negou o pedido de prisão preventiva e determinou o uso de tornozeleira eletrônica. A decisão gerou revolta e temor na vítima, que declarou medo de que Nathan fizesse outras vítimas. Apenas em 17 de março a Justiça expediu um mandado de prisão, e ele se entregou dez dias depois.

Nathan de Siqueira Menezes está detido e responderá pelos crimes de estupro e registro não autorizado da intimidade sexual, podendo ser condenado a até 11 anos de prisão. A defesa do acusado e o Tribunal de Justiça do Paraná não se manifestaram, alegando que o processo tramita em segredo de justiça.

Com informações do G1.

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