A Justiça dos Estados Unidos suspendeu, nesta sexta-feira (23 de maio de 2025), a decisão do governo do ex-presidente Donald Trump que proibia a Universidade Harvard de matricular estudantes estrangeiros. Com isso, alunos internacionais que já estão matriculados ou que pretendem estudar na instituição seguem autorizados a obter ou manter seus vistos de estudante no país.

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Decisão judicial e impacto na universidade
A medida foi tomada pela juíza Allison Burroughs, nomeada pelo ex-presidente Barack Obama, que determinou a paralisação imediata da ordem do governo Trump, tornando-a sem efeito legal até que haja um eventual recurso por parte do Executivo.
Na ação judicial, Harvard argumentou que a proibição teria “efeitos devastadores” sobre cerca de 7 mil alunos estrangeiros, que dependem do visto para estudar e viver legalmente nos Estados Unidos. A universidade classificou a medida como uma “violação flagrante” da Primeira Emenda da Constituição americana e de outras leis federais.
Motivação do veto e reação da universidade
A proibição havia sido anunciada na quinta-feira (22 de maio) pelo Departamento de Segurança Interna (DHS), como parte de uma retaliação do governo Trump contra Harvard, que vinha se recusando a atender exigências de Washington. Entre as demandas estavam registros disciplinares de estudantes internacionais e gravações de protestos ocorridos no campus.
Harvard reagiu, afirmando que a ação era ilegal e comprometia sua missão de pesquisa e ensino. A instituição destacou que 27% de seus alunos são estrangeiros e que a decisão do governo poderia afetar significativamente sua comunidade acadêmica.
Próximos passos e possíveis recursos
Até o momento, o governo dos EUA não se pronunciou sobre um possível recurso contra a decisão judicial. Caso Washington recorra, o caso pode se arrastar por meses nos tribunais. Enquanto isso, Harvard mantém o direito de receber estudantes estrangeiros normalmente, garantindo a continuidade dos cursos para alunos internacionais.
Com informações do Bnews.