No Carnaval de 2025, que celebra os 40 anos do Axé Music, o cantor Jau usou seu palco no Camarote Planeta Band, na madrugada desta segunda-feira (3), para refletir sobre a importância de Salvador em manter viva e enaltecer a cultura musical que nasceu na cidade. Em sua fala, Jau destacou a responsabilidade de Salvador, como berço do movimento, em celebrar o Axé e todas as suas raízes culturais, especialmente por ser a maior diáspora negra do mundo.
Foto: Zain Zamec / Ag Fred Pontes
“Salvador tem a obrigação de homenagear, se relacionar e enaltecer a sua cultura. Salvador é a maior diáspora negra do mundo e o Axé Music é de origem africana. Então, Salvador tinha a obrigação de comemorar o 40º ano do Axé Music, assim como tem a obrigação de comemorar todas as coisas que formam a sua cultura. Vejo com muita naturalidade e estranharia se não houvesse essa homenagem”, afirmou o artista, que enfatizou a importância de reconhecer o movimento não só como parte da história, mas como um componente essencial da identidade baiana.
Sobre o futuro do Axé, Jau compartilhou sua visão sobre o movimento, afirmando que o Axé Music, assim como qualquer movimento cultural, está em constante evolução. “O Axé é um movimento musical como qualquer outro, que vai parir outros movimentos, não vai deixar de existir nunca”, disse, ressaltando a continuidade e a transformação do gênero ao longo do tempo, sempre gerando novos ramificações e raízes dentro da música.
O cantor também comentou sobre o prazer de se apresentar no Camarote Planeta Band, onde está presente desde a primeira edição. Para ele, o palco não é apenas um espaço para mostrar sua música, mas também uma oportunidade de se transformar enquanto artista. “As minhas canções autorais, as releituras que eu faço de canções de outros autores, de outros artistas, mas antes de tudo, a vontade de transformação, de me transformar mesmo no palco, num instrumento, num missionário, que é o que eu sou, da música, pra transformar a vida do outro pra melhor”, afirmou Jau, deixando claro que seu objetivo é levar não só a música, mas também uma experiência de transformação ao público.
Com informações do Bahia.Ba.