Após uma trégua de dois meses, Israel voltou a realizar ataques aéreos na Faixa de Gaza nesta terça-feira (18), intensificando a ofensiva militar na região. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que os bombardeios já resultaram em 413 mortes e mais de 660 feridos.

Foto: Amir Cohen/ Reuters
Em comunicado oficial, as Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que alvos do Hamas e da Jihad Islâmica, incluindo células militantes, depósitos de armas e infraestruturas militares, foram atingidos durante os ataques. Segundo o governo israelense, a operação busca neutralizar ameaças contra seus cidadãos e militares.
Imagens divulgadas mostram tanques israelenses e soldados posicionados na fronteira com Gaza, indicando a possibilidade de uma invasão terrestre. Essa movimentação ocorre em um contexto de tensões agravadas após o rompimento unilateral do cessar-fogo, que estava em vigor desde janeiro.
Reações e consequências
A retomada dos bombardeios gerou protestos de famílias israelenses cujos parentes permanecem como reféns do Hamas. O grupo terrorista ainda detém cerca de 60 reféns capturados em outubro de 2023, quando lançou uma ofensiva que resultou em mais de 1.200 mortes em território israelense.
Dentre as vítimas fatais dos ataques recentes estão civis, incluindo crianças, segundo médicos palestinos. Além disso, lideranças de alto escalão do Hamas e da Jihad Islâmica também foram alvos das operações. Explosões foram registradas em diversas áreas do território, como Cidade de Gaza, Deir Al-Balah, Rafah e Khan Younis.
Crise humanitária e instabilidade regional
O conflito contínuo tem aprofundado a crise humanitária em Gaza, onde milhares de pessoas enfrentam deslocamento e destruição generalizada. A guerra, que começou em outubro de 2023, também desencadeou tensões no Oriente Médio, envolvendo grupos como o Hezbollah e nações como o Irã.
Enquanto isso, esforços de mediação internacional, liderados por Egito, Catar e Estados Unidos, buscam reestabelecer um cessar-fogo. Porém, até o momento, as negociações não resultaram em avanços concretos.
Com informações do G1.