O governo de Israel acusou nesta quinta-feira (22 de maio de 2025) líderes europeus de promoverem uma “incitação antissemita tóxica”, após o assassinato de dois funcionários da embaixada israelense em frente a um museu judaico em Washington, nos Estados Unidos, na noite da última quarta-feira (21).

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Declarações do governo israelense
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou em entrevista coletiva em Jerusalém que há uma ligação direta entre discursos antissemitas e o ataque em Washington. Segundo ele, essa incitação é praticada por líderes e autoridades de diversos países e organizações internacionais, especialmente europeias.
Saar também declarou que “as calúnias sobre sangue, genocídio, crimes contra a humanidade e assassinato de recém-nascidos abriram caminho para esses assassinatos”, responsabilizando líderes mundiais que, segundo ele, “se rendem à propaganda terrorista palestina”.
O ministro israelense de Assuntos da Diáspora e Combate ao Antissemitismo, Amichai Chikli, reforçou as acusações, afirmando que líderes ocidentais devem ser responsabilizados pelo ataque. Ele citou diretamente o presidente da França, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o premiê canadense, Mark Carney, alegando que todos “encorajaram as forças do terror sem traçar limites morais”.
Contexto das acusações
As declarações das autoridades israelenses ocorrem após os líderes da França, Canadá e Reino Unido terem feito um apelo conjunto, na última segunda-feira (19), pelo fim das ações militares de Israel na Faixa de Gaza. Os líderes europeus classificaram a ofensiva israelense como “escandalosa” e afirmaram que anunciariam medidas concretas caso os ataques não fossem interrompidos.
A tensão entre Israel e seus aliados ocidentais tem aumentado nos últimos meses, especialmente devido à campanha militar israelense em Gaza, que já dura mais de sete meses e tem sido alvo de críticas por parte de organizações humanitárias e governos estrangeiros.
Com informações do Bnews.