O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial brasileira, registrou alta de 0,64% em março, de acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (27). Apesar do avanço, o resultado representou uma forte desaceleração em relação a fevereiro, quando o índice subiu 1,23%, a maior alta para o mês desde 2016.
Foto: Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA)
Os preços de alimentos e bebidas e combustíveis foram os principais responsáveis pela alta do mês. O grupo de Alimentação e bebidas subiu 1,09%, com destaque para o aumento de 19,44% no preço dos ovos de galinha, 12,57% nos tomates e 8,53% no café moído. A alimentação no domicílio teve alta de 1,25%, enquanto a alimentação fora de casa também ficou mais cara, subindo 0,66%.
O grupo Transportes registrou um aumento de 0,92%, impulsionado pela alta de 1,88% nos combustíveis. Todos os tipos analisados apresentaram crescimento: óleo diesel (+2,77%), etanol (+2,17%), gasolina (+1,83%) e gás veicular (+0,08%).
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 subiu 5,26%, mostrando uma aceleração em relação ao período anterior (4,96% até fevereiro). No ano, o índice acumula alta de 1,99%, acima do registrado no mesmo período de 2024.
Embora o dado de março tenha ficado abaixo da projeção do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,70%, a pressão sobre os preços de itens básicos como alimentos e combustíveis reforça o desafio para o controle da inflação neste início de 2025. A alta de 7,42% nos preços de cinema, teatro e concertos também chamou a atenção, influenciada pelo fim de promoções ocorridas em fevereiro.
O desempenho do IPCA-15 em março destaca a necessidade de atenção contínua às variações de preços, especialmente nos itens essenciais, que impactam diretamente o orçamento das famílias brasileiras.
Com informações do G1.