Imperatriz e Viradouro brilham no 1º dia de desfiles do Grupo Especial do Rio

A primeira noite de desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro foi marcada por grandiosidade e emoção. Com enredos de forte influência afro, Imperatriz Leopoldinense e Unidos do Viradouro foram os grandes destaques, enquanto a Unidos de Padre Miguel e a Mangueira também encantaram o público com apresentações potentes.

Foto: Marco Terranova/Riotur

A Unidos de Padre Miguel retornou à elite do carnaval carioca após 52 anos com o enredo Egbé Iyá Nassô, uma homenagem à trajetória de Iyá Nassô, figura central na história do candomblé no Brasil. A escola destacou a força das mulheres negras na cultura nacional, com uma bateria composta por 40 mulheres ritmistas. O abre-alas, representando o império de Oyó, impressionou, assim como o carro que exalava cheiro de colônia, remetendo aos banhos de ervas.

A Imperatriz Leopoldinense levou um espetáculo visual e narrativo à Sapucaí com Ómi Tútú ao Olúfon – água fresca para o Senhor de Ifón, que narrou a jornada de Oxalá ao reino de Oyó. A escola encantou o público com alegorias impactantes, como a representação da espera de Exu por uma oferenda que nunca veio. A bateria deu um show ao entrar na avenida com 250 ritmistas representando Oxalá, carregando um fardo de sal nas costas.

A atual campeã, Unidos do Viradouro, trouxe a história de Malunguinho, líder do Quilombo do Catucá, em Pernambuco. O enredo Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos apresentou uma fusão entre culturas afro e indígena, com efeitos holográficos e drones que lançaram chapéus ao ar. A bateria fez um desfile vibrante, enquanto a rainha Erika Januza brilhou com uma fantasia dourada que exalava fumaça.

Fechando a noite, a Mangueira prestou um tributo aos povos bantos com o enredo À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões. A comissão de frente trouxe uma narrativa poderosa, mostrando a trajetória dos bantos da África ao Brasil, culminando no renascimento cultural nas comunidades cariocas. A bateria inovou ao misturar funk e macumba, enquanto alas como “Palavra Plantada” exaltaram a influência banta no português falado no Rio.

A estreia do novo modelo de apenas quatro desfiles por noite garantiu um ritmo mais fluido às apresentações. Mesmo com falhas no som em alguns momentos, corrigidas rapidamente pela Liesa, nenhuma escola estourou o tempo. O encerramento da noite foi celebrado de forma inédita: o tradicional arrastão da Apoteose se transformou em uma grande roda de samba.

Nesta segunda-feira (3), é a vez de Unidos da Tijuca, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro e Unidos de Vila Isabel desfilarem na Sapucaí. A apuração das notas acontece na Quarta-Feira de Cinzas (5), quando será conhecida a grande campeã do carnaval carioca de 2025.

Com informações do G1.

FONTES / CRÉDITOS:

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossas notícias diretamente em seu email.

Inscrição realizada com sucesso Ops! Não foi possível realizar sua inscrição. Verifique sua conexão e tente novamente.

Anuncie aqui

Fale conosco