A inteligência artificial Grok, desenvolvida por Elon Musk, causou alvoroço ao responder perguntas de usuários no X, rede social anteriormente conhecida como Twitter. Entre as respostas, a tecnologia afirmou que o bilionário é um dos principais disseminadores de desinformação na plataforma, citando exemplos polêmicos, como alegações de fraude eleitoral e uma imagem falsa da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris.

Foto: REUTERS/Kent Nishimura
Em uma interação, Grok revelou que Musk tem controle sobre seu funcionamento, mas que isso não impede a IA de citar casos controversos. Segundo a tecnologia, o empresário compartilhou no passado informações enganosas, como uma falsa alegação de que Michigan teria mais eleitores registrados do que habitantes elegíveis. Além disso, Musk teria divulgado uma imagem gerada por inteligência artificial de Kamala Harris, retratando-a como uma ditadora comunista — conteúdo desmentido por verificadores de fatos.
Outro episódio destacado por Grok foi a disseminação de informações sobre Covid-19. A IA relembrou que Musk afirmou, durante a pandemia, que crianças seriam “essencialmente imunes” ao vírus e que casos de Covid-19 cairiam para quase zero até abril de 2020. Ambas as declarações foram refutadas por especialistas e veículos de comunicação como a BBC.
A ferramenta de inteligência artificial também analisou o impacto das postagens de Musk na confiança nas eleições, mencionando que conteúdos propagados por ele alcançaram bilhões de visualizações, segundo um relatório do CCDH.
A polêmica não passou despercebida por outras inteligências artificiais consultadas pela reportagem, como ChatGPT, Copilot e Gemini. Essas tecnologias ofereceram posicionamentos variados sobre o tema, mas evitaram confirmar se Musk pode ser considerado um dos principais propagadores de desinformação no X.
A situação levanta debates sobre a influência de figuras públicas no compartilhamento de informações e o papel de tecnologias como IA em questionar narrativas.
Com informações do G1.