O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aprovou o tom mais firme adotado pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, durante sua fala na Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados. No entanto, assessores avaliam que a postura deveria ter sido adotada mais cedo, especialmente durante a operação “Sem Desconto”, que revelou fraudes no INSS.

Foto: Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo
Contexto das fraudes
- A operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões, com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões.
- O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado e demitido após as investigações.
Temor de uma CPI
Assessores presidenciais temem que a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes seja usada pela oposição para desgastar a imagem do governo. O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) afirmou já ter o número mínimo de assinaturas para protocolar o pedido de criação da CPI.
Críticas internas
O governo considera que Lupi demorou a agir, mesmo após ser alertado sobre as irregularidades em 2023. A reação tardia gerou desgaste tanto para o ministro quanto para o governo, com líderes governistas alertando sobre o clima desfavorável no Congresso.
Com informações do G1.