
O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió (AL), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão de Collor, condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão por corrupção passiva, é mais um desdobramento da Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção envolvendo a Petrobras.
De acordo com a revista Veja, Collor estava prestes a viajar para Brasília, onde se entregaria à polícia, quando foi detido em sua residência. A condenação de Collor, que remonta a 2023, está relacionada ao recebimento de R$ 20 milhões em propina para favorecer contratos irregulares entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia. O esquema de corrupção também envolveu os empresários Luís Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, que atuaram como intermediários no repasse do dinheiro. Em troca, Collor teria garantido apoio político para assegurar a nomeação e a permanência de diretores na estatal.
Esta prisão marca mais um capítulo da Lava Jato, que desde 2014 tem investigado e desmantelado esquemas de corrupção em diversas esferas do poder público e empresas estatais no Brasil.