Ex-paciente transforma investigação sobre psiquiatra acusada de manipulação em TCC

A jornalista Laren Aniceto, ex-paciente da psiquiatra Mara Faget, decidiu transformar sua experiência em um trabalho de conclusão de curso (TCC) após descobrir que a médica, acusada de manipular emocionalmente pacientes para obter dinheiro, continuava atuando mesmo após ter seu registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) em 2021.

Foto: Divulgação.

Denúncias contra a psiquiatra

Mara Faget, que já foi diretora do Instituto Pinel, é acusada de enganar pacientes, pedindo dinheiro sob justificativas pessoais e nunca devolvendo os valores. Segundo relatos, ela utilizava as consultas para relatar problemas financeiros e familiares, convencendo os pacientes a emprestar quantias significativas.

Laren procurou Mara em 2023, acreditando que ela ainda era psiquiatra, e afirma que a médica mentia constantemente sobre sua origem. “Ela disse que o pai dela era um imigrante francês que produzia vinhos. Essa foi outra mentira que eu descobri. A família inteira dela é do interior, de origem humilde”, relatou.

Investigação e trabalho acadêmico

Após descobrir que Mara havia perdido o registro médico, Laren decidiu investigar o passado da psiquiatra e entrevistou 38 pessoas ligadas a ela. O resultado dessa apuração foi reunido em seu TCC de jornalismo, onde expôs os relatos de vítimas e as práticas da ex-médica.

Além disso, Laren acusa Mara de emitir recibos de serviços médicos e carimbá-los com seu número no CRM, mesmo sem autorização para atuar como médica.

Posicionamento do Cremerj e da defesa

O Cremerj reforçou que uma pessoa com registro cassado não pode exercer a medicina no país, nem se apresentar como médica ou prestar qualquer serviço da área médica. Caso contrário, configura-se exercício ilegal da profissão, o que é considerado um crime.

Já a defesa de Mara Faget afirmou que as acusações são levianas e sem respaldo jurídico, alegando que ela jamais atuou como médica sem registro e que não possui condenação judicial por estelionato. O advogado da psiquiatra declarou que ela pretende recuperar seu CRM por meio de ação judicial.

O caso segue em investigação, e as denúncias contra Mara Faget continuam sendo analisadas pelas autoridades competentes.

Com informações do G1.

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