A Justiça da França condenou nesta quarta-feira (28 de maio) o ex-cirurgião Joel Le Scouarnec, de 74 anos, a 20 anos de prisão por estupro e agressão sexual contra 299 pacientes, a maioria menores de idade.

Foto: Benoit PEYRUCQ / AFP
Confissão e histórico de crimes
Durante o julgamento, que começou em 24 de fevereiro, Le Scouarnec confessou os crimes, incluindo o abuso de sua própria neta. O ex-médico já havia sido condenado em 2020 a 15 anos de prisão pelo estupro de duas sobrinhas, de uma paciente na década de 1990 e de uma vizinha de 6 anos, caso que levou à descoberta de novas vítimas.
Nos cadernos apreendidos pela polícia em 2017, o ex-cirurgião registrava suas fantasias sexuais, incluindo anotações sobre abusos cometidos ao longo de 25 anos em hospitais da região da Bretanha.
Sentença e medidas adicionais
- Pena máxima de 20 anos, com possibilidade de liberdade condicional após cumprir dois terços da condenação.
- 15 anos de monitoramento social e judicial, incluindo a proibição permanente de exercer a medicina ou qualquer atividade envolvendo menores.
- Registro como criminoso sexual, impedindo sua reintegração à sociedade sem supervisão.
A presidente do tribunal de Vannes, Aude Buresi, destacou que os crimes foram particularmente graves devido ao número de vítimas, à pouca idade delas e ao caráter compulsivo dos abusos.
Impacto e repercussão
O caso de Joel Le Scouarnec é considerado um dos maiores escândalos de abuso sexual na história da França. A condenação levanta questionamentos sobre a falha do sistema de saúde em impedir que ele continuasse atuando, mesmo após uma condenação anterior por posse de pornografia infantil em 2005.
Com informações do G1.