A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil atualizou suas recomendações de viagem para cidadãos americanos nesta sexta-feira (30 de maio), alertando para o aumento do risco de sequestro no país. O comunicado, publicado na página oficial do órgão, também destaca a atividade generalizada de gangues e do crime organizado, recomendando precauções adicionais para quem visita o Brasil.

Foto: Divulgação/G1.
Principais recomendações
No documento, atribuído ao Departamento de Estado dos EUA, equivalente ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, são listadas diversas orientações de segurança. Entre elas, destaca-se a recomendação para que estrangeiros evitem favelas, mesmo em visitas guiadas, e não utilizem ônibus municipais devido ao risco elevado de assaltos e agressões.
Além disso, o aviso sugere que funcionários do governo americano não visitem determinadas regiões administrativas do Distrito Federal sem autorização especial, como Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá.
Outro ponto levantado pelo documento refere-se ao modus operandi de criminosos, que frequentemente visam estrangeiros em aplicativos de namoro ou bares, utilizando sedativos e drogas para incapacitar e roubar suas vítimas.
Orientações para turistas americanos
Entre as recomendações feitas pela embaixada, estão:
- Evitar exibição de objetos valiosos, como relógios caros e joias;
- Elaborar um plano de segurança para emergências antes da viagem;
- Desenvolver um plano de comunicação com familiares para casos de crise.
O governo dos EUA reforça que criminosos podem atuar de forma organizada, e que alguns crimes são frequentemente vinculados ao tráfico de drogas.
Repercussão e impacto nas relações Brasil-EUA
A atualização das recomendações ocorre em um momento de tensões comerciais entre os dois países. Em abril, o governo americano, liderado por Donald Trump, acusou o Brasil de “sufocar” a economia dos EUA ao impor barreiras à importação de bens remanufaturados.
A embaixada norte-americana, na ocasião, destacou que Trump não permitirá que o país seja explorado, justificando a aplicação de novas tarifas sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.
Embora o alerta de segurança tenha sido emitido exclusivamente para turistas, especialistas avaliam que a comunicação pode impactar a percepção internacional sobre o Brasil e influenciar fluxos turísticos e negociações comerciais.
O Itamaraty ainda não se pronunciou sobre o aviso norte-americano, mas a expectativa é que o governo brasileiro responda formalmente à recomendação e busque minimizar possíveis efeitos na relação entre os dois países.
Com informações do G1.