Um esquema criminoso de venda de atestados médicos falsificados foi identificado em Salvador, com documentos sendo comercializados por valores que variam entre R$ 30 e R$ 100. Os papéis, vendidos por meio de aplicativos de mensagens, continham insígnias de unidades de saúde, da Prefeitura de Salvador e do Sistema Único de Saúde (SUS), além de assinaturas falsificadas de médicos.
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Fraude envolvendo profissionais e empresas
Entre os casos identificados, um professor apresentou um atestado de cinco dias por dengue, supostamente emitido no Pronto de Atendimento Dr. Orlando Imbassahy, no Bairro da Paz. No entanto, ele nunca foi atendido no local e pagou R$ 100 pelo documento.
Outro episódio envolveu uma ex-funcionária de uma doceria no bairro da Graça, que apresentou sete atestados médicos, dos quais apenas um era verdadeiro. Mesmo grávida, ela foi demitida por justa causa e tentou recorrer na Justiça do Trabalho, mas teve o recurso negado pelo Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA).
Investigação e posicionamento das autoridades
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) repudiou a prática e reforçou que a adulteração de atestados médicos é crime previsto no Código Penal Brasileiro. O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) também alertou sobre a falsificação de assinaturas de médicos para dar autenticidade aos documentos fraudulentos.
A possibilidade de envolvimento de funcionários de unidades de saúde no esquema não foi descartada. Segundo especialistas, papéis timbrados podem ter sido utilizados para produzir os atestados falsos, que eram vendidos tanto impressos quanto em formato digital.
A Polícia Civil investiga o caso e busca identificar os responsáveis pela fraude. Trabalhadores que utilizarem documentos falsificados podem ser demitidos por justa causa, além de responder criminalmente pela prática.
Com informações do Bnews.