O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (18), por meio de suas redes sociais, que decidiu se licenciar do mandato parlamentar para permanecer nos Estados Unidos. Segundo ele, a decisão foi motivada pelo que considera um “regime de exceção” no Brasil e pela intenção de buscar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Eduardo está nos EUA desde 27 de fevereiro, data em que parlamentares do PT solicitaram ao STF a apreensão de seu passaporte. O partido argumenta que o deputado estaria atentando contra a soberania nacional ao criticar o Judiciário brasileiro e tentar organizar reações a partir do exterior.
Declarações polêmicas
Em sua publicação, Eduardo afirmou que não se submeterá ao que chamou de “truques sujos” do regime de exceção. “Da mesma forma que assumi o mandato para representar minha nação, abdico temporariamente dele para seguir representando milhões de irmãos da pátria que me confiaram essa missão”, declarou.
O deputado também anunciou que abrirá mão de sua remuneração parlamentar durante o período de licença e que pretende focar em ações contra o que considera violações de direitos humanos no Brasil. “Aqui [nos EUA], poderei buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e sua gestão da Polícia Federal merecem”, afirmou.
Contexto e repercussão
A decisão de Eduardo Bolsonaro ocorre em meio a tensões políticas e críticas ao STF. O parlamentar tem sido alvo de controvérsias, incluindo a acusação de organizar ataques ao Judiciário brasileiro. Até o momento, não houve pronunciamento oficial do STF ou de Alexandre de Moraes sobre as declarações do deputado.
Com informações do Bnews.