O conclave que escolherá o novo papa começa nesta quarta-feira (7), no Vaticano, com a participação de 133 cardeais com menos de 80 anos. A decisão ocorre após a morte do papa Francisco, no último dia 21 de abril, aos 88 anos. Francisco ficou conhecido por seu perfil progressista, voltado às reformas da Igreja e à aproximação com os pobres e as minorias.
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A eleição do novo pontífice está cercada de expectativas sobre o futuro da Igreja Católica. Na lista de possíveis sucessores estão representantes de diferentes regiões e correntes ideológicas — desde nomes mais alinhados ao legado de Francisco até perfis mais conservadores. Entre os favoritos estão:
Jean-Marc Aveline (França) – Arcebispo de Marselha, de perfil progressista e próximo de Francisco. Tem doutorado em teologia, é conhecido por sua postura acolhedora em relação a imigrantes e ao mundo muçulmano.
Péter Erdő (Hungria) – Cardeal conservador, influente na Europa, com forte formação em direito canônico. Já foi cotado no conclave anterior e defende as raízes cristãs do continente europeu.
Mario Grech (Malta) – Inicialmente conservador, tornou-se uma das vozes das reformas de Francisco. Tem atuação de destaque como secretário-geral do Sínodo dos Bispos.
Juan Jose Omella (Espanha) – Aos 79 anos, é conhecido por sua simplicidade, compromisso com a justiça social e defesa dos pobres. É considerado uma extensão do estilo pastoral de Francisco.
Pietro Parolin (Itália) – Diplomata experiente e secretário de Estado do Vaticano desde 2013. Tem perfil moderado e é visto como o favorito entre os italianos.
Luis Antonio Tagle (Filipinas) – Apelidado de “Francisco Asiático”, é defensor da justiça social e do diálogo com os pobres. Pode se tornar o primeiro papa asiático.
Joseph Tobin (EUA) – Arcebispo de Newark, defende abertamente os direitos dos imigrantes e da comunidade LGBTQIA+. É elogiado por sua postura transparente frente aos escândalos da Igreja.
Leonardo Steiner (Brasil) – Primeiro cardeal da Amazônia, tem forte atuação pastoral e ambiental. Próximo das causas indígenas e defensor de uma Igreja mais sensível às questões sociais.
Peter Turkson (Gana) – Ex-chefe do Pontifício Conselho Justiça e Paz, tem experiência internacional e é influente nas discussões sobre justiça social e mudanças climáticas. Poderia ser o primeiro papa da África Subsaariana.
Matteo Zuppi (Itália) – Arcebispo de Bolonha, conhecido por seu trabalho junto aos pobres e seu estilo simples. É apelidado de “Bergoglio italiano”, mas enfrenta críticas por lentidão em lidar com abusos na Igreja Italiana.
O conclave deve durar até que um dos cardeais obtenha ao menos dois terços dos votos. O novo papa herdará uma Igreja em transformação, desafiada a equilibrar tradição e renovação em um mundo cada vez mais secularizado.
Com informações do G1.