China reage a tarifaço de Trump e promete não recuar: ‘EUA estão contra o resto do mundo’

O governo chinês endureceu o tom nesta quinta-feira (10) e declarou que não irá ceder diante das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Em resposta direta às recentes ações de Donald Trump, a Embaixada da China em Washington afirmou que o país “não recuará” e o ministro do Comércio declarou que a China “lutará até o fim” em uma guerra tarifária que já acumula sucessivos aumentos.

Foto: REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo

Em comunicado, o ministro acusou os EUA de distorcerem as regras do comércio internacional e de se isolarem globalmente. “Ao usar tarifas como armas para obter vantagens, os EUA se colocam contra o mundo”, afirmou. A China ainda destacou que está aberta ao diálogo, mas que qualquer negociação precisa ocorrer em condições de igualdade e com respeito mútuo.

Apesar do clima de tensão, Trump adotou um tom mais conciliador na noite de quarta-feira (9), ao dizer que respeita o presidente Xi Jinping e que acredita em um possível acordo. “Xi é meu amigo, um cara inteligente que ama seu país”, afirmou durante coletiva na Casa Branca.

No entanto, no dia anterior, Trump havia endurecido o discurso. Em evento do Partido Republicano, o presidente americano acusou a China de “passar a perna” nos Estados Unidos por anos e afirmou que agora “vai fazer o mesmo”.

Escalada nas tarifas

A guerra comercial entre os dois países atingiu um novo patamar nesta semana. Após Trump elevar para 104% a tarifa sobre produtos chineses, a Casa Branca anunciou na quarta-feira (9) um novo aumento, que fez as taxas saltarem para 125%. A China retaliou com uma tarifa equivalente de 84% sobre produtos norte-americanos.

A disputa começou no início de abril, quando os EUA anunciaram o chamado “tarifaço global”, com aumentos de até 50% para produtos de 180 países — incluindo um acréscimo de 34% para itens chineses. Pequim respondeu com uma medida idêntica, o que levou Washington a retaliar novamente.

Além das tarifas, Trump acusou a China de manipular sua moeda para mitigar os efeitos das taxas, o que o governo chinês nega. O Ministério das Relações Exteriores da China chamou a postura americana de “intimidação” e “bullying” comercial.

Pressão e ironias

Durante um jantar político, Trump afirmou que diversos líderes mundiais têm buscado negociar para evitar as novas tarifas. “Eles estão me ligando, puxando meu saco”, disse o presidente, usando a expressão em inglês kissing my ass, que também pode significar bajulação.

A disputa tarifária reacendeu tensões entre as duas maiores economias do mundo e ameaça impactar o comércio global. Até o momento, o presidente chinês Xi Jinping não se pronunciou publicamente sobre o tema.

Com informações do G1.

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