Chega se torna principal força de oposição em Portugal e desafia governo de centro-direita

Portugal vive um momento político inédito desde sua redemocratização, com a ascensão do partido de extrema direita Chega, que conquistou 60 assentos na Assembleia Legislativa e se tornou a principal força de oposição no país. Graças aos votos dos expatriados, a legenda ultrapassou o Partido Socialista (PS) e rompeu o ciclo de cinco décadas de bipartidarismo entre PS e PSD.

Foto: Rodrigo Antunes/Reuters

O líder do Chega, André Ventura, celebrou o resultado e declarou que o sistema político português “mudou para sempre”. Fundado há apenas seis anos, o partido ganhou força ao criticar a classe política e ao explorar temas como corrupção, imigração e bbenefícios sociais.

Governo de Montenegro descarta aliança com a extrema direita

Mesmo com o avanço do Chega, o partido não deve chegar ao governo, pois o primeiro-ministro Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática (AD), descartou qualquer acordo com a extrema direita.

Durante a campanha, Montenegro chegou a endurecer o discurso, anunciando a expulsão de 18 mil estrangeiros que vivem irregularmente no país, uma medida que visava conquistar parte do eleitorado conservador. Apesar disso, ele prefere contar com apoio dos socialistas, agora em terceiro lugar com 58 cadeiras, para formar um governo estável e impedir a influência do Chega.

A estratégia de Montenegro se assemelha ao modelo adotado na Alemanha, onde o centro-direita e centro-esquerda se uniram para isolar o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD).

PS tenta reorganização e pode reforçar governo

O Partido Socialista deve eleger no sábado (1º de junho) um novo líder, o ex-ministro do Interior José Luís Carneiro, que tem um perfil moderado e pode ser um trunfo para a governabilidade.

Enquanto isso, o Chega, embalado pelo seu desempenho eleitoral, deve intensificar os ataques ao governo de Montenegro e buscar novas eleições nos próximos anos.

A estabilidade política que marcou Portugal por meio século parece ter chegado ao fim, dando lugar a um cenário de polarização e disputas intensas no Parlamento.

Com informações do G1.

FONTES / CRÉDITOS:

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossas notícias diretamente em seu email.

Inscrição realizada com sucesso Ops! Não foi possível realizar sua inscrição. Verifique sua conexão e tente novamente.

Anuncie aqui

Fale conosco