Os Estados Unidos anunciaram que Ucrânia e Rússia chegaram a acordos para reduzir ataques a alvos estratégicos, incluindo um cessar-fogo no Mar Negro e a suspensão temporária de bombardeios contra infraestrutura energética. As negociações foram conduzidas separadamente pelos EUA com representantes de ambos os países, e o presidente Donald Trump conversou diretamente com os líderes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.

Foto: Reuters/Alina Smutko
Acordo no Mar Negro
O cessar-fogo no Mar Negro busca garantir a segurança de uma região estratégica para a economia ucraniana, responsável pela exportação de grande parte de sua produção agrícola. Desde o início da guerra, a Rússia impôs bloqueios navais que prejudicaram as exportações ucranianas e elevaram os preços globais de alimentos. O acordo prevê a suspensão dos bombardeios russos, mas Moscou condiciona sua implementação à reintegração de bancos russos ao sistema financeiro internacional.
Proteção da infraestrutura energética
Nos últimos anos, a Rússia tem atacado a rede elétrica da Ucrânia, enquanto Kiev responde com ataques a instalações de petróleo e gás na Rússia. O acordo prevê uma pausa de 30 dias nos ataques contra infraestrutura energética, já em vigor desde 18 de março, segundo Moscou. No entanto, a Ucrânia exige um acordo formal antes de suspender seus ataques.
Desconfiança entre as partes
Ambos os países demonstraram desconfiança em relação ao cumprimento dos acordos. O chanceler russo, Sergei Lavrov, pediu garantias claras dos EUA para que a Ucrânia cumpra os termos. Zelensky, por sua vez, afirmou que os acordos entram em vigor imediatamente e prometeu solicitar mais sanções contra Moscou caso a Rússia viole os termos.
Papel dos EUA e preocupações internacionais
Trump tem pressionado por negociações de paz, mas especialistas apontam que sua postura pode favorecer a narrativa russa, gerando preocupações entre países europeus sobre um possível acordo que comprometa a segurança regional. Apesar das tensões, os acordos representam um passo inicial para reduzir os impactos do conflito.
Esses tratados, embora limitados, podem abrir caminho para negociações mais amplas e duradouras, mas dependem de garantias e confiança mútua para serem efetivamente implementados.
Com informações do G1.