O aumento dos casos de racismo no futebol brasileiro e sul-americano expõe um problema recorrente: a falta de punições severas e eficazes para combater a discriminação racial. Embora as denúncias sejam cada vez mais frequentes e o debate sobre o tema tenha ganhado força, as sanções aplicadas, em sua maioria, ainda são consideradas brandas. Multas financeiras e suspensões temporárias não têm sido suficientes para erradicar esse tipo de comportamento, que se repete especialmente em torneios organizados pela Conmebol.

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Os incidentes mais recentes, como o ataque racista ao jogador Luighi, do Palmeiras, na Libertadores Sub-20, evidenciam as falhas no combate ao racismo. No Paraguai, onde ocorreu o episódio, a legislação trata a discriminação como uma infração, e não como crime, o que contribui para a sensação de impunidade. Em outros casos, como o do goleiro Éverson, do Atlético-MG, ofendido por um torcedor do Libertad, a punição se limitou a uma multa e uma campanha de conscientização.
Apesar de alguns avanços, como a condenação do dirigente argentino Matias Ezequiel por atos racistas durante um jogo do São Paulo, a maioria dos envolvidos nesses episódios acaba sendo liberada após o pagamento de fianças ou valores indenizatórios. A demora nos processos judiciais também reforça a percepção de que as consequências para esse tipo de crime ainda são insuficientes.
Diante desse cenário, especialistas apontam que medidas mais rígidas são necessárias. Além de conscientização, é preciso que federações, clubes e autoridades estabeleçam punições mais duras, como perda de pontos ou exclusão de competições, para garantir que o combate ao racismo no futebol seja realmente eficaz.
Com informações do G1.