Carla Zambelli deixa o Brasil após condenação por crimes digitais e falsidade ideológica

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deixou o Brasil após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela inserção de documentos falsos, incluindo um mandado de prisão forjado contra o ministro Alexandre de Moraes. A parlamentar alega motivos médicos para a saída e afirma que pedirá licença do mandato.

Foto: Divulgação.

A decisão da Primeira Turma do STF, unânime, também condenou o hacker Walter Delgatti Neto, acusado de executar a invasão sob orientação de Zambelli. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que a deputada demonstrou “descompromisso com o cargo parlamentar” e pediu a cassação do mandato.

A trajetória de Zambelli na política é marcada por episódios de forte polarização. Iniciou sua militância com o grupo Nas Ruas em 2011, passou pelo movimento feminista Femen e consolidou-se no bolsonarismo durante os protestos contra o governo Dilma Rousseff. Em 2015, se acorrentou a uma pilastra na Câmara para pressionar pela abertura do impeachment da petista.

Eleita deputada federal por São Paulo em 2018 e reeleita em 2022 com a terceira maior votação do país, Zambelli enfrentou sucessivos desgastes políticos. Em 2022, protagonizou um dos episódios mais polêmicos da eleição ao sacar uma arma e perseguir um homem nas ruas de São Paulo. A ação levou o STF a condená-la, em 2025, a mais de cinco anos de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.

Nos bastidores da direita, perdeu prestígio. Jair Bolsonaro chegou a responsabilizá-la pela derrota da chapa nas urnas ao associar sua atitude armada à rejeição de parte do eleitorado. Zambelli também se envolveu em conflitos com antigos aliados, como Joice Hasselmann e o senador Sergio Moro, de quem foi afilhada de casamento antes de rompimento político.

A parlamentar já havia sido cassada pelo TRE-SP em janeiro deste ano por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação. Com a condenação confirmada no STF, a perda de seu mandato e a inelegibilidade por oito anos devem ser oficializadas nos próximos dias, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa.

Com informações do G1.

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