A recente reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes europeus sinalizou uma nova ofensiva econômica contra a Rússia, o que pode afetar diretamente países que importam petróleo russo, como o Brasil.

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Dependência do Brasil em relação ao petróleo russo
A Rússia se consolidou como principal fornecedora de diesel importado pelo Brasil, suprindo 25% da demanda nacional. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), 63,6% do diesel comprado no exterior pelo Brasil veio da Rússia em 2024, um aumento em relação aos 50,4% registrados em 2023.
Sanções e possíveis impactos
A União Europeia anunciou seu 17º pacote de sanções contra a Rússia, com foco no comércio de petróleo. Entre as medidas, está a redução do teto do preço do petróleo russo, que pode cair de US$ 60 para US$ 50. Além disso, um novo lote de navios russos pode ser atingido pelas sanções, dificultando o transporte do combustível.
Atualmente, cerca de 350 petroleiros controlam 85% do petróleo russo, e o trajeto entre Rússia e Brasil leva aproximadamente 24 dias. Apesar das rotas mais longas e da passagem por áreas críticas, os derivados de petróleo russos seguem se consolidando no mercado brasileiro.
Alternativas e desafios para o Brasil
Embora a Petrobras ainda dê preferência à aquisição de combustível dos Estados Unidos, Índia e países árabes, o setor privado tem aumentado suas importações da Rússia. Caso as sanções dificultem o comércio, o Brasil pode enfrentar aumento nos preços dos combustíveis, impactando o transporte e a economia nacional.
Com informações do Bnews.