Bahia tem potencial de captura de CO2 de 597 mil toneladas ao ano na indústria de etanol

A indústria de etanol no Brasil tem um grande potencial de captura e armazenamento de carbono, e a Bahia se destaca nesse cenário. Segundo Isabela Morbach, advogada e cofundadora da CCS Brasil, o estado tem capacidade para capturar 597 mil toneladas de CO2 ao ano, representando 1,49% do total nacional.

Foto: Freepik.

Já o Nordeste possui um potencial de 2,4 milhões de toneladas anuais, equivalente a 6% da capacidade total do Brasil, que pode chegar a 40 milhões de toneladas de CO2 ao ano.

BECCS: tecnologia para captura de carbono

A Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono (BECCS) é uma tecnologia que combina a produção de bioenergia com a captura e armazenamento de CO2, reduzindo as emissões para a atmosfera e ajudando no combate às mudanças climáticas.

O Brasil produziu, em 2023, mais de 43 bilhões de litros de etanol e biodiesel, consolidando-se como o segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo. Apenas de etanol, foram 35,4 bilhões de litros, um aumento de 80 milhões de litros em relação ao recorde anterior, de 2019.

Lucro e impacto ambiental

A captura de carbono por meio do BECCS pode gerar entre US$ 2,7 bilhões e US$ 3,8 bilhões ao ano, dependendo do preço do crédito de carbono. O estado de São Paulo, por exemplo, tem potencial para capturar mais de 15 milhões de toneladas de CO2, sendo 60% desse valor oriundo de plantas de etanol.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta que o Brasil tem 24% de bioenergia em sua matriz energética, enquanto a média mundial é de 9%. Isso representa um forte apelo para investimentos e para o mercado de créditos de carbono.

Projetos inovadores no Brasil

Um dos principais projetos no país é da empresa FS, que desenvolveu uma planta industrial em Lucas do Rio Verde (MT) para a produção de etanol com BECCS. A expectativa é evitar o lançamento de 423 mil toneladas de CO2 por ano, podendo alcançar 1,8 milhão de toneladas removidas da atmosfera anualmente.

A Agência Internacional de Energia (IEA) estima que o BECCS pode capturar 190 milhões de toneladas de carbono ao ano até 2030, consolidando-se como uma das principais soluções para a descarbonização da indústria.

Com informações do Bnews.

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