Na segunda-feira (2), as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia foram retomadas em Istambul, mas foram ofuscadas por um ataque surpresa de drones ucranianos contra quatro bases estratégicas russas. A ofensiva, batizada de “Teia de Aranha”, destruiu 41 bombardeiros com capacidade nuclear e gerou um grande impacto na guerra, que já dura três anos.

Foto: REUTERS/Alina Smutko/File Photo/Maxim Shemetov
Operação militar planejada
O ataque, meticulosamente elaborado ao longo de um ano e meio, representa um golpe significativo contra a Rússia. A ação ucraniana ampliou as tensões no conflito e reduziu as chances de um acordo imediato.
Impacto nas negociações
O presidente dos EUA, Donald Trump, que havia prometido uma solução rápida para o confronto, viu sua estratégia fragilizada pelo ataque inesperado. Segundo informações, a operação militar teria sido realizada sem o conhecimento da Casa Branca, o que mina a credibilidade dos EUA na condução das negociações.
O líder russo Vladimir Putin enviou para Istambul seu assessor Vladimir Medinsky, enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky mandou o ministro da Defesa, Rustem Umerov. A delegação russa foi vista como de segundo escalão, o que levanta dúvidas sobre a real intenção de Moscou em avançar para um cessar-fogo.
Condições para um acordo
Fortalecido pelo ataque bem-sucedido, Zelensky apresentou três pilares para uma proposta de paz:
- Cessar-fogo total, sob monitoramento dos EUA
- Libertação de todos os prisioneiros de guerra
- Retorno das crianças ucranianas retiradas à força do país
Ele descartou qualquer concessão que comprometa a soberania da Ucrânia, rejeitando a retirada das forças ucranianas do território reivindicado pela Rússia.
O ataque aéreo de domingo gerou comparações com o ataque a Pearl Harbor, pela surpresa e eficiência. Com isso, a Ucrânia demonstrou força, mas as negociações seguem fragilizadas e sem perspectiva imediata de solução para o conflito.
Com informações do G1.